quinta-feira, 1 de maio de 2008

DIREITO Á SEGURANÇA

Portimão apresenta hoje no seu centro histórico um fenómeno que importou dos grandes aglomerados habitacionais: a insegurança.

A segurança das pessoas e bens é um direito universal das sociedades, como tal quem tem responsabilidades de nos governar, quem foi mandatado para gerir a nossa cidade tem de encarar este fenómeno com a realidade que ele apresenta, fazer-lhe frente, e solucioná-lo. Os cidadãos esperam que a sua cidade lhes garanta a segurança que como direito de cidadania, significa liberdade, respeito pelo indivíduo, ordem, respeito às leis e ao património.

A verdade é que a evolução neste capítulo tem sido fortemente negativa, e hoje quase ninguém se atreve a visitar o centro da cidade à noite, a não ser que vá em grupo e preparado para ser importunado ou provocado, para não citar outras formas mais graves de violência urbana que têm acontecido.

A Polícia, parca de recursos humanos, não consegue garantir um eficaz policiamento, e o cidadão comum, especialmente os moradores daquelas zonas vêm-se limitados pois têm de se manter em casa após o anoitecer.

Cada vez mais se assiste à fuga dos moradores para zonas onde esta chaga não é tão evidente, mas há quem não possa e se angustie de ver o seu espaço público colectivo usurpado por bandos de malfeitores, prostitutas e drogados.

O antigo Hotel Tropimar é agora outro centro de pernoita de variados marginais, e assiste-se dia a dia à degradação, destruição e poluição daquele imóvel, sem que nenhuma medida seja tomada para evitar mais um ponto negro na cidade. Responsabilizar os proprietários, fiscalizar o seu interior, tapar os seus acessos…Nada foi feito!

A maior parte dos cidadãos que deambulam no centro da cidade, ou não têm documentação ou estão ilegais, ou estão agarrados à droga e ao álcool, ou têm como negócio a prostituição e o roubo, mas continuam a vaguear pelas mesmas zonas, às mesmas horas, sem que se assista a uma limpeza, mesmo periódica, que lhes faça sentir que esta cidade tem pessoas que a sabem gerir e pugnam pelos interesses dos seus habitantes.

Casos haveria muitos para aqui descrever aqui, como roubos, assaltos, intimidações, violações de propriedades, vandalismo, etc.

Vivemos numa cidade falida, abusiva de expansionismo urbano que maltrata o Portimonense que outrora vidrou as pedras da calçada.

Vem o Partido Social Democrata condenar a passividade da Junta de Freguesia e do elenco Camarário que se preocupam mais em fazer excursões e adiar em reuniões aquilo que urge na prática, que é a segurança activa. Não fossem eles os culpados pela concepção de uma cidade que acabou na desertificação do seu centro. Passados mais de 30 anos sobre esta opção que aos poucos nos vai matando.


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